Pata de elefante


A pata-de-elefante é um arbusto da Família das Liliáceas e, popularmente, também é conhecida como nolina. A planta é originária da América do Norte e pode atingir até 10 metros de altura. O apelido surgiu em razão da aparência de seu caule, que lembra uma pata de elefante apoiada no chão. Esta planta precisa de sol pleno para desenvolver-se bem e o clima ideal é o quente e seco. Sua propagação se dá por meio de sementes plantadas num solo rico em matéria orgânica, de preferência. Por isso, para ter bons resultados, recomenda-se a adição de composto orgânico à terra onde a pata-de-elefante será plantada. Quanto às regas, é preferível manter o solo mais para o seco do que para o úmido. Em condições normais, é indicado regá-la apenas uma vez por semana. A pata-de-elefante resulta num belo efeito no jardim, que pode ser mais rápido se você optar pelo plantio de mudas já formadas, ao invés de sementes.

Agávea Polvo

Chifre de veado


A planta conhecida como “chifre-de-veado” (Platycerium) é muito curiosa. Sabe-se que ela faz parte de um grupo de plantas tão antigas, que habitavam a Terra no tempo dos dinossauros. Pertencente à família das Polipodiáceas, a planta recebeu esse nome popular provavelmente em razão das variedades cujas folhas férteis lembram as galhadas dos veados. O habitat natural dessas plantas são os galhos e troncos das árvores das florestas tropicais e subtropicais. O chifre-de-veado é uma planta epífeta - isto é - apenas apoía-se nas árvores e não retira delas os nutrientes para sobreviver. Ao tentarmos reproduzir seu ambiente natural, podemos ter grandes chances de sucesso no seu cultivo, pois trata-se de uma planta bem rústica. As dicas são as seguintes:
* Evitar o excesso de água;
* Colocá-la em local com muita luz, mas sem sol direto;
* Não plantar na terra, mas sim num vaso ou placa de xaxim (ou material equivalente), para simular os galhos de árvores onde a planta se apoiaria. O interessante é que na junção da planta com o xaxim, forma-se um depósito de matéria orgânica, que é de onde o chifre-de-veado retira os nutrientes;
A maioria das variedades de chifre-de-veado produz brotações (filhotes) pela raiz e elas podem aparecer nas laterais dos vasos e até no verso das placas. Para fazer a reprodução, deve-se recortar, com uma faca bem afiada, o pedaço do xaxim com a muda e plantar num outro vaso ou placa, amarrando com um fio de ráfia ou arame. A muda recém-plantada deve ser regada e mantida à sombra até que enraize bem, antes de ser levada para um local mais claro.
Após alguns anos, será necessário fazer o replantio do chifre-de-veado, e é fácil notar quando isso ocorre: a planta começa a cessar seu desenvolvimento.

Bromélias



Os gravatás pertencem a uma família específica de plantas “BROMELIACEAE”, que ultrapassa a mais de 3000 espécies e milhares de híbridos. Todas são nativas das Américas, com uma única excessão, sendo o Abacaxi a mais popular delas. Só o Brasil possui mais de 1500 espécies.

As bromélias não são parasitas como erradamente os leigos pensam. Na natureza aparecem como epífitas, simplesmente apoiando-se em outro vegetal para ter mais luz e mais ventilação,
terrestres ou rupícolas (que crescem sobre as pedras) e compõem uma das mais adaptáveis famílias de plantas do mundo por terem uma impressionante resistência para sobreviver e apresentar infinitas e curiosas variedades de formas e combinações de cores.

As bromélias são divididas em grupos chamados gêneros, hoje são mais de 50. A maioria das espécies de um mesmo gênero tem características e exigências iguais. Gêneros diferentes requerem diferentes variações de luminosidade, rega e substrato. No cultivo, os gêneros mais comumente encontrados são: “AECHMEA, BILLBERGIA, CRYPTANTHUS, DYCKIA, GUZMANIA, NEOREGELIA, NIDULARIUM, TILLANDSIA e VRIESEA”.



PLANTIO

A maioria das bromélias podem ser plantadas em vasos mas podemos tê-las sobre troncos ou xaxim. As Tillandsias, de folhas acinzentadas, não se adpatam ao plantio em vasos preferindo os troncos. As bromélias crescem em quase todos os solos, levemente ácidos, bem drenados, não compactados e que propiciem condições de bom desenvolvimento do sistema radicular. O substrato deve ter partes iguais de areia grossa ou pedriscos, musgo seco (sphagnum) ou xaxim e turfa ou mesmo humos de minhoca; o importante é que a mistura possibilite uma rápida drenagem. Cryptanthus e Dyckias crescem bem no mesmo tipo de mistura, acrescentado-se ainda uma parte de terra ou folhas secas moídas.

Algumas regras para o plantio correto:

1-Não enterre demais as bromélias, mantenha a base das folhas acima do solo.

2-Não use um vaso muito grande, pois há perigo de umidade excessiva nas raízes.

3-Não permita que a planta fique “balançando”, fixe-a bem, pois isto poderá danificar o tenro desenvolvimento das novas raízes. Estaqueie a planta se necessário, até que as raízes estejam bem desenvolvidas.

4-Coloque sempre uma boa camada de cacos de telha ou pedriscos no vaso, que deve ser sempre furado nas laterais ou no fundo.

REGA

As bromélias gostam de ter suas raízes molhadas, mas sempre de forma bastante moderada, o mais importante é molhar as folhas e manter sempre o tanque central com água. Quando a temperatura ambiente estiver muito alta, borrife com água as folhas, mas nunca sob luz solar direta e nas horas mais quentes do dia. Plantas de folhas macias, apreciam ambiente mais úmido do que plantas de folhas rígidas.

LUMINOSIDADE

Bastante claridade em luz difuza é apreciada pela maioria das bromélias. Em geral plantas com folhas rígidas, estreitas e espinhentas, tal como folhas de cor cinza-esverdeada, cinza, avermelhada ou prateada gostam de maior luminosidade durante maior período de tempo, alguns até mesmo sol pleno. Plantas de folhas macias, de cor verde ou verde-escuro, apreciam lugar com menor intesidade de luz, mas nunca um local escuro. Nidulariuns requerem pouca luz enquanto as Neoregelias se encontram no outro extremo. O intenso e atraente vermelho translúcido visto em muitas Neoregelias, desaparecem quando a planta é transferida para um local de menor luminosidade.

Como sintomas de pouca luminosidade as plantas apresentam folhas escuras ou pobres em côr, frequentemente macias, caídas e bem mais longas que o normal (estioladas). Como sintomas de excesso de luz, temos folhas amareladas, com manchas esbranquiçadas, ressecadas e até com verdadeiras queimaduras.

ADUBAÇÃO

As bromélias devem ser adubadas com muito critério. São extremamente sensíveis e absorvem os nutrientes com muita facilidade pelas folhas, portanto a adubação das bromélias deve ser feita com muito cuidado. Use um adubo químico de boa qualidade. Adube semanalmente durante os meses de maior intensidade de luz e calor (de agosto a abril). A relação NPK de 2:1:4 com traços de Magnésio nos parece ser ideal. O Boro (Bo) deve ser evitado por causar queimaduras nas pontas das folhas o que também ocorre no caso do excesso de Fósforo (P). Cuidado com o Cobre (Cu) que mesmo em muitas pequenas quantidades mata a planta. A quantidade de adubo foliar recomendada é de 0,5 g/litro de água asperjida, de qualquer forma nunca supere 2 g/litro.

TEMPERATURA E UMIDADE

As bromélias são plantas tipicamente tropicais, portanto a maioria aprecia temperaturas elevadas e bom índices de umidade, associada a local muito ventilado. As Guzmanias são as que menos apreciam temperaturas altas, e as Tillandsias as mais exigentes em arejamento, enquanto Vrieseas e Nidulariuns gostam de locais com bastante umidade.

PRAGAS E DOENÇAS

As bromélias apesar de muito resistentes são suscetíveis a pragas, fungos e doenças como todas as plantas, porém são muito sensíveis a fungicidas e inceticidas, pois absorvem esses produtos facilmente em seu metabolismo. Para combater colchonilhas e pulgões, utilize uma solução de fumo de cigarro diluído em água. Retire as pragas com uma escova de dentes. Para combater os fungos utilize uma esponja macia e úmida com sabão de côco dissolvido em água. Nunca utilize fungicidas a base de Cobre, como a calda bordalesa, lembre-se que o Cobre mata as bromélias. As bromélias são com frequência atacadas por lesmas e lagartas, o inseticida mais tolerado é o Malatol cuja dissolução do produto deve ser feita pela metade do indicado no rótulo. A principal causa de pragas é o desequilíbrio ecológico. Convém lembrar ainda que as bromélias são plantas extremamente sensíveis ao ar enfumaçado ou poluído, porque absorvem elementos nocivos, depositados na água do cálice.

FLORAÇÃO

As bromélias florescem somente uma vez durante seu tempo de vida. Após a floração a planta
em geral desenvolve uma brotação lateral que substituirá a planta que irá morrer. As bromélias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades, de meses a dezenas de anos, dependendo
da espécie e condições do ambiente, respeitando sempre uma determinada época do ano. Muitas vezes uma planta não floresce devido a falta de luminosidade ou outro fator ambiental, como por exemplo a temperatura. Por outro lado uma brusca mudança do ambiente pode provocar a floração numa planta adulta. A planta sente-se ameaçada e o instinto de preservação da espécie desencadeia a floração com o fim de gerar sementes e brotos laterais, e tudo isso para assegurar a sua preservação.

Dependendo da espécie, algumas plantas apresentam inflorescência extremamente exuberante, podendo ser de longa duração. Algumas duram meses como Aechmea fasciata e a Guzmania denise, outras são breves, duram dias como muitas das Billbergias.